Desde o inicio da pandemia, o Mercado Livre já colaborou para formalizar mais de 150 mil empreendedores no País. Atualmente, cerca de 500 mil pequenas e médias empresas comercializam por meio da plataforma, que corresponde à principal fonte de renda para quase 1 milhão de famílias.
Para discutir a forma como o Mercado Livre está mudando o empreendedorismo no Brasil e como as plataformas têm incentivado o surgimento de novas empresas, a Assembleia Geral do Movimento Inovação Digital (MID), por meio do presidente Vitor Magnani, promoveu um talk-show com o diretor sênior jurídico e de relações governamentais do Mercado Livre, Ricardo Lagreca.
Formalização
De acordo com Lagreca, a principal missão do Mercado Livre é democratizar o comércio e o acesso aos serviços financeiros. Grande parte dessa tarefa se dá por meio da formalização. “A partir daí abre-se um caminho para os empreendedores crescerem. Não é uma tarefa simples, já que no Brasil 71% dos empreendedores ainda estão na informalidade, devido aos custos, burocracia ou mesmo falta de conhecimento”, afirmou.
Para vender via Mercado Livre, é necessário fazer um cadastro na plataforma e criar uma conta como pessoa física ou como empresa. Caso a pessoa não tenha uma conta empresa, ela é direcionada para o Portal do Empreendedor, de forma rápida e simples. “Estamos conversando com secretarias estaduais e federais para que a gente consiga fazer todo o processo de formalização online dentro da nossa própria plataforma”, contou Lagreca.
Com a formalização, o empreendedor tem direito a benefícios como maior acesso a crédito, acesso à rede de logística do Mercado Livre, menores prazos de entrega, melhor experiência aos compradores, diminuição nas reclamações, melhora na reputação e o consequente aumento nas vendas.
Por meio do Mercado Pago, 40% das pequenas e médias empresas receberam sua primeira oferta de crédito e mais de 60% dos créditos concedidos foram utilizados para investir em capital de giro. Segundo Lagreca, depois de um ano da formalização, o empreendedor vende em média 140% a mais em relação ao período da informalidade.
Desjudicialização
Ao lado da profissionalização dos empreendedores, uma das principais bandeiras defendidas pelo Mercado Livre é o da desjudicialização. “O Brasil tem uma cultura de judicialização, com um custo financeiro gigante para a sociedade, além de um custo ambiental. O Brasil gasta anualmente 1,2% do PIB, ou R$ 100 bilhões, com reclamações judiciais. Precisamos descongestionar a justiça”, apontou Lagreca.
No Mercado Livre, a formalização dos empreendedores é uma das medidas para evitar a judicialização, já que os vendedores informais geram mais de cinco vezes reclamações na justiça em relação aos formais.
Outra medida é o programa Compra Garantida, que promove devoluções sem custo, resoluções de conflitos na plataforma e parcerias com procons, ReclameAqui e Consumidor.gov. “Fizemos um vídeo, com mais de 45 milhões de visualizações, para divulgar o Compra Garantida e orientar como abrir uma reclamação na plataforma. Nosso índice de solução é de quase 100%, sendo 98% dos problemas solucionados nos próprios canais internos da empresa”, concluiu Lagreca.
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