Vivemos um cenário de ataques cibernéticos cada vez mais frequentes e diversificados. Apenas no ano passado, 86% das empresas em todo o mundo sofreram algum tipo de ataque. Considerando somente o Brasil, foram mais de 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a companhias em 2022.
Esses números mostram a importância de entender e implementar boas práticas em cibersegurança. Com o objetivo de facilitar esse processo, o Movimento Inovação Digital (MID), com o apoio da Microsoft, Peck Advogados, TozziniFreire e First Tech, lançou um Guia de Cibersegurança.
O documento traz, em linguagem acessível e com depoimentos dos principais nomes do mercado, os cenários da segurança cibernética, os principais tipos de ataques, dicas de como se proteger e de como construir uma gestão eficiente de cibersegurança.
O anúncio do lançamento da publicação aconteceu durante a Assembleia Geral do MID, realizada na sede da Microsoft. O evento contou com a apresentação da agenda setorial e com painéis sobre Proteção de Dados e Cibersegurança.
Referência setorial
O presidente do MID, Vitor Magnani, abriu o encontro destacando o protagonismo da Microsoft no desenvolvimento de soluções tecnológicas. “Trata-se de um expoente, uma referência em segurança cibernética, tema que, assim como a transformação digital, é um processo de melhoria contínua, não tendo começo, meio e fim”, afirmou.
De acordo com Andrea Cerqueira, vice-presidente de Vendas Corporativas para Clientes e Startups na Microsoft Brasil, aos poucos a cibersegurança está começando a ser uma prioridade para as empresas no País.
“Hoje a Microsoft é o maior player de segurança do mundo. Trata-se de um tema de fundamental importância, já que falhas na segurança, na maioria das vezes provocadas por erros humanos e internos, ameaçam a continuidade dos negócios”, apontou Andrea. “Dependendo do tamanho do ataque, a empresa não volta a operar. O investimento na área deve ser contínuo”, completou Nycholas Szucko, conselheiro do MID.
A diretora de cibersegurança da Microsoft para a América Latina e Caribe, Vanessa Pádua, reforçou que a segurança é uma das prioridades para a empresa. “A arquitetura de segurança que trabalhávamos há cinco anos não é a mesma que precisamos hoje. E a gente deve ter consciência disso. Assim, precisamos nos reinventar o tempo todo para estarmos sempre um passo à frente. Não existe uma empresa mais segura que a outra. O atacante está de olho em todas”, ressaltou.
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No entanto, apesar de todos os riscos, convencer o empresário a investir em segurança ainda continua sendo um desafio, já que não há uma norma que o obrigue. “Nós, profissionais da área de cibersegurança, temos essa missão de falar com todos os setores da empresa sobre a relevância do assunto”, afirmou Reginaldo Rodrigues, head de Cibersegurança da First Tech.
Canal de diálogo
O Guia de Cibersegurança lançado pelo MID ajudará a minimizar as lacunas de conhecimento em várias áreas e níveis de compreensão dentro das empresas, permitindo que todos possam entender e implementar as melhores práticas de segurança cibernética.
“A ideia do Guia é passar esse conhecimento e abrir um canal de diálogo com todos. Ele mostra-se extremamente relevante na medida em que nem todos os assuntos de cibersegurança são óbvios. Daí a importância da sua linguagem fácil e acessível”, disse Carla do Couto, sócia da TozziniFreire Advogados.
Na opinião de Leandro Bissoli, sócio da Peck Advogados, “o Guia vem em uma boa hora para desmistificar muita coisa. Ele traz de maneira fácil a compreensão sobre o assunto, principalmente para o médio empresário que não conta com um time estruturado para falar de segurança da informação”.
Guilherme Kato, CTO do dr. Consulta e líder do Comitê de Tecnologia do MID, garante que uma das principais qualidades do documento é justamente a conscientização dos executivos sobre a importância do tema. “Avançamos bastante, mas ainda há muito o que fazer, e espero que o guia seja um atalho para todo mundo. Temos que preparar o time, estar resguardados”, concluiu.
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