Fábio Fiorini, CEO e fundador da Noby, é o novo líder do Comitê de Inclusão Digital do MID

Fábio Fiorini é o novo líder do recém-criado Comitê de Inclusão Digital do Movimento Inovação Digital (MID). CEO e fundador da Noby – plataforma de gerenciamento de vendas e educação comercial para micro, pequenas e médias empresas –, o executivo tem o objetivo e o desafio de ajudar e fomentar o processo de digitalização das PMEs no Brasil, tornando-as mais competitivas e escaláveis.

Na conversa com a reportagem, Fiorini falou de suas propostas à frente do Comitê, os pilares de atuação do grupo, de políticas de capacitação de empreendedores, além dos benefícios e desafios da digitalização de PMEs. “Trabalharemos de forma muito ativa junto aos associados do MID e a outras frentes. Juntos construiremos um caminho de melhoria do ambiente de negócios e da digitalização das empresas”, destacou. Confira a entrevista com Fábio Fiorini:

MID – Quais são seus objetivos à frente do novo Comitê de Inclusão Digital do MID?

Fábio Fiorini – Queremos transformar as micro, pequenas e médias empresas, que correspondem a 98% das empresas no Brasil e que geram mais da metade dos empregos no setor privado. Esse universo nos traz um grande desafio. Se elas não entrarem no universo da digitalização, ou não se digitalizarem de forma eficaz, com os canais digitais funcionando corretamente, muitas delas podem desaparecer. Assim, temos o desafio de engajar diversos atores da sociedade, do mercado privado e da esfera pública para, juntos, fazermos com que essas empresas prosperem de forma correta, incorporando a digitalização em seus processos. Esse é o nosso principal propósito.

MID – Quais os principais pilares que permearão a atuação do Comitê?

Fábio Fiorini – Na construção e definição desses pilares, temos nos aprofundado nas dores das empresas. Existem as dores cíclicas, que permanecem ao longo do tempo, entre elas a alta carga tributária, dificuldade de acesso ao crédito, concorrência acirrada e desleal, falta de capacitação de mão de obra, instabilidade econômica, entre outras. Também existem as dores próprias da digitalização e da inovação, como a falta de recursos financeiros para investir em tecnologia, dificuldades de adaptação às inovações, de saber como trabalhar de forma segura, a questão da concorrência com as grandes empresas, entre outras.

Com base nessas dores, definimos cinco pilares de atuação: qualificação diferenciada e personalizada dos empresários, com base nas dores individuais e nos estágios de negócios de cada empresa; qualificação da mão de obra por meio da aproximação entre empresas e universidades; aproximação das empresas com o ecossistema das startups, visando soluções eficazes e escaláveis; envolvimento das big techs e grandes marketplaces no processo de qualificação e digitalização das PMEs; além da implementação de grupos visando a aceleração da execução dos planos.

MID – Quanto ao processo de capacitação de empreendedores, ele será focado em profissionais que nunca tiveram contato com o universo digital? Ou abrangerá pessoas que já estão inseridas digitalmente, mas não sabem necessariamente como utilizar as ferramentas digitais?

Fábio Fiorini – São duas frentes que temos o compromisso e a obrigação de trabalhar. Trata-se de uma das dores que buscaremos solucionar, a dificuldade de adaptação de muitos empreendedores às tecnologias. Temos que encontrar formas de simplificar todo esse processo. Queremos trazer esses empresários para dentro do ambiente de digitalização, qualificando-os de forma personalizada.

MID – Está prevista alguma parceria com a Universidade Digitalize no sentido de assessorar as PMEs na capacitação, principalmente por meio de conteúdos técnicos?

Fábio Fiorini – O Digitalize faz parte da vertical de capacitação do Comitê. Queremos auxiliar na transformação do Digitalize para que ele seja o pilar principal da nossa vertical de educação, exercendo um papel fundamental na oferta de conteúdos personalizados.

MID – As pessoas com deficiência (PCDs) estão inseridas nos projetos do Comitê?

Fábio Fiorini – Sim, começando pela qualificação personalizada, por meio da qual os conteúdos serão orientados levando em conta cada tipo de necessidade dos PCDs. Todos eles são empregáveis. Dessa forma, dentro do pilar qualificação com personalização, os PCDs certamente serão contemplados.

MID – Como atrair novas empresas e empreendedores para o universo digital?

Fábio Fiorini – Isso demanda processos de comunicação e de sensibilização constantes, além da aproximação com órgãos públicos. Esses processos farão com que a gente consiga, levando-se em conta as dores dos empresários, personalizar soluções para que cada um deles se engaje da melhor forma possível conosco.

MID – Como a digitalização pode auxiliar as PMEs a aumentarem suas vendas e melhorarem seus processos internos?

Fábio Fiorini – Com a pandemia, abriram-se as portas dos canais digitais, apesar da manutenção, em muitos casos, dos pontos físicos de venda. Na esfera comercial, os empresários podem crescer muito com a digitalização, que, por sua vez, contribui para o aumento da eficiência operacional. Esse processo passa pela adoção de ferramentas de automação, que atualmente estão mais acessíveis e baratas. Ao aumentar a eficiência, a digitalização acaba impulsionando a produtividade e incrementando os resultados.

MID – O Comitê também atuará no sentido de identificar e implementar iniciativas que auxiliem na formalização das PMEs?

Fábio Fiorini – A informalidade deixa muitos empresários excluídos do processo de crescimento. Os informais precisam entrar para o ecossistema de transformação profissional. Dentro do pilar de qualificação, precisamos sensibilizar esses empreendedores para que eles enxerguem os reais benefícios da formalização. E como estaremos próximos aos órgãos públicos, vamos auxiliá-los em todo esse processo.

MID – E quanto ao letramento digital? Qual a importância da definição de condutas e boas práticas em plataformas digitais?

Fábio Fiorini – Essa é uma questão inegociável. Qualquer processo educacional deve ter um forte compromisso com a formação dos princípios e valores. Além da parte ética e de boas práticas, é preciso conscientizar cada vez mais que as empresas, independente de seu porte ou ramo de atividade, se relacionam e negociam com pessoas, seres humanos. Dessa forma, o desenvolvimento deve ser apoiado no respeito e na valorização das relações individuais e pessoais.

MID – Espaço livre. Deseja acrescentar alguma coisa?

Fábio Fiorini – Trabalharemos de forma muito ativa junto aos associados do MID e a outras frentes. Queremos dividir com todo o ecossistema do MID os planos de execução do Comitê, já que a maioria dos associados também trabalha com PMEs de alguma forma. Juntos certamente construiremos um caminho de melhoria do ambiente de negócios e da digitalização das empresas.

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